Quando havia tinteiros
E canetas com penas que bicavam
Os meninos do ano conheciam
O endereço e morada dos poemas
Eles vinham dali
Das furnas do exíguo dos cristais
Um dia, os poemas fugiram
Das gaiolas de vidro
Vestiram-se de pelikán
E voaram em azul
Hoje, os poemas que fugiram
Voam livres em seus altos caminhos
E só consegue alcançá-los para o canto
Quem navega no céu dos passarinhos