Letra: - Rodrigo Bauer
Música: - Érlon Péricles
Um sorriso desbotado
Carregado de lembranças...
Juventude no passado
Se perdeu com a esperança!
Coração, que era pedra,
Foi se quebrando com as mãos,
E aprendeu que não se quebra
O que é feito de algodão!
Às vezes monta a cavalo
Cruzando alguma invernada
E é difícil encontrá-lo
Nesse fundão das estradas...
Sabe ver de olhos maduros
O que outrora foi mistério
- que adianta um porto seguro
se o coração é gaudério!
Tantas rugas pelo rosto,
Pouco futuro nas mãos
Uma neblina de agosto
Umedecendo a visão...
Pois ao matear com a tristeza
Que roubou-lhe a mocidade
Tem essa amarga certeza
De estar sorvendo a saudade!
E quem já provou do gosto
Desse sentimento triste,
Conhece a dor do desgosto
De morrer, enquanto existe...
Em cada passo certeiro
Que a evolução comemora
Mais um antigo campeiro
Desencilha e vai embora...