O caos imperava, oh dor inclemente!
É olho por olho, é dente por dente
Meu povo tá sofrendo mil anos ou mais
Qual será a receita da paz?
O julgamento talhou mandamentos
Teus olhos enxergam e fingem não ver
Em nome da fé, pecou sem saber
Com a bênção do pai sou igual a você
Opanixé kaô, Xangô
Clamei ao rei de Oyó, justiça
A intolerância que assombra a nossa luz
Chorou Maria aos pés da Santa Cruz
Flor mulher
Templo sagrado pra se admirar
Sublime é, orgulho em toda forma de amar
A liberdade é nossa voz, é resistência
Chega de ódio, de tanta violência
Bata seu tambor, respeite a minha fé
Reza pra quem é de aleluia
Ou pra quem é do axé
Tatuapé, o poder do povo preto
Está presente em nós
Marginalizados, excluídos
Que a justiça seja sempre a nossa voz!
A escola da emoção
Veste a toga da justiça
Podem me julgar, falar o que quiser
De Luther King e Mandela, a inspiração
Respeite o meu Tatuapé!