Sanfoneiro puxo o fole, vem farrear
Sou um cabra nordestino, sempre a lutar
Vizinha canta de catulo a Lampião
Bem-vindo à terra do cão
Oh, Deus, atendei as minhas preces
Sombrio é o destino desse chão
Proteja o povo lá do meu nordeste
Tão castigado, pela corrupção
Brilhou, o mais lindo luar, igual não há
Pra esse rancho iluminar
Logo assim que amanhece, o caboclo entristece
Chuva, essa terra não verá
Ô, vem de lá do sertão, povo guerreiro
A cruel realidade, mostra para o mundo inteiro
A terra é seca, não tem dia bonança
Esses novos lampiões destroem toda a esperança
Do barro, a tristeza vira arte
E a solidão faz parte da miséria do lugar
Caetana, tu és uma sina
Minha alma nordestina queres sempre acompanhar
Seu violeiro, toca um repente
A história dessa gente é lamento sem cessar
Tem reza, pranto, folclore
Tem procissão, tem velório
E a coragem, a fé vai revigorar
Sai bicho de sete cabeças
Eu quero que me esqueças
Pare de me atormentar
Valei-me, minha mãe compadecida
Ilumina a minha vida e meu sofrido caminhar