No batuque bateria, sou zumbi
Onde há paz e alegria, eu tô ai
Quero amar e muito mais dignidade
A Caprichosos luta pela igualdade
África
Dos guerreiros de Angola, de gege e yorubá
Na escravidão, que agonia
Ai, como o negro sofria
No destino de além-mar
O europeu no troca-troca conseguiu
Levar as peças da Guiné para o Brasil
Nesse comércio, a pirataria surgiu
Ilu-ayê, ilu-ayê, um canto triste ecoou ô ô
Ilu-ayê ô, na senzala, sofrimento e dor
Veja, ifá falou
Que os orixás vão enviar um libertador
Canta, Pilares
Zumbi foi rei lá no quilombo dos palmares
Na cultura o negro se agiganta
A fé da terra-mãe é seu alento
Existe um grito preso na garganta
Só oxalá segura o fio da esperança
Quero ser livre
Esse lamento ressoou na sociedade
Que tem as chaves
Mas prende seus heróis na marginalidade
Vi nos olhos verdes do holandês outro país
Caiu palmares, liberdade não se mata na raiz