Um brilho e o céu clareou
No couro o ogã evocou a energia da Yabá
Elo sagrado entre o Orum e Ayê
Sua espada a nos defender
Senhora das almas, irmã de Oxum
Que guia os eguns em seu caminhar
Oyá Matamba… Rainha de Aruanda
É vento que sopra, é fogo que arde!
Bato paó para saudar a majestade
A dona dos raios é Petu
Kará traz a chama de seu Ajerê
Onira das águas, Bagan dessas matas
Olekere Olokuerê
Paixão, que aquece o peito de um justiceiro
Guerreiro também se encantou
É ventania que estremece todo bambuzal
Se transforma, traz a fúria do animal
Nas suas folhas o segredo é fundamento
Levo oferendas, dia 4 de dezembro
Salve seu Jacutá! És a dona do ori
Proteja seus filhos que clamam a ti
A magia de Iansã… Me invade
Balança o corpo, é tempestade!
Eparrei Oyá! Bela Oyá!
Com sua força ninguém pode nos parar
A borboleta voa alto e anuncia
Chegou Rocinha, vai relampejar!