É na pancada que desce a marvada
A cada dose eu volto a sorrir
Manhagua ponha outra saideira
Minha cachaça, meu amor, Andaraí
Pingou
Já desce a abrideira, é carnaval
Eis a serpente, dona do canavial
Que explode de emoção está avenida, tão linda!
A força do amor traduzido em Kamadeva
Flechadas de paixão, quanta nobreza
O suco abençoado pelo bom senhor
Mas por inveja, tudo foi maliciado
Aqueceram o seu caldo
Pegou fogo o teu sabor
Nas moendas do engenho, destilação
Sofrimento na senzala, escravidão
Do melado à aguardente
Conquistando essa gente
O xodó de uma nação
Conceitos, preconceitos, perseguições
Sofre a purinha, deusa das inspirações
Põe na mesa e passa a régua
Se segura, não escorrega
Um brinde ao patrimônio nacional
Gira a economia, da pobreza à burguesia
Desde o país colonial
O meu padroeiro é são Benedito
Fé e devoção ao meu santo querido
Na primeira dose um gole pra ti
E quem for beber, não vá dirigir
O segredo tá no paladar
Sinta o aroma que paira no ar
A venenosa pinga fogo como ninguém viu
Nossa princesa é a melhor do Brasil