Firma ponto, eu quero ver, vai ter batuquejê
Chama o povo do samba, ê samborê!
Jacarepaguá, eu respeito a sua história
Resistência é a marca da nossa vitória
Tambor ressoa de Angola, guiné e benim
É reino de congo, espada de ogum
Nobreza ancestral que repousa em mim
Bravura dos senhores de orun
Maré me leva em lamentos e preces
Aporta na areia calunga de dor
Um cais no estreito da argola que prende
O valongo se fez preto na pele que sangra
Escorre o pranto que sufoca nossa gente
É mucama de iaiá, é escravo do feitor
Valentia da senzala não sucumbe ao capitão
Lá nos cafezais, a revolta se faz
Pra findar o açoite que fere o irmão
Quilombo de luta à luz da esperança
Correntes se quebram, é negra insurreição
Lugar de fala contra a tirania
Vive em toda manifestação
Vai ter jongo e capoeira, ê, camará!
Noite de coroação, quilombola vai jogar
No axé da mãe baiana, ideal de igualdade
Manoel e mariana, os heróis da liberdade