Estende o tapete da história
Pro amor mais antigo, meu pavilhão
Prepare o banquete da glória
Vem da Zona Oeste essa devoção
Os Deuses vem coroar
Deus Sol iluminar
Do alto nascia, a força da vida
Por todos os cantos se espalharia
Pacha Mama é mãe
Do seu ventre um novo dia
Ouro do chão, terra molhada
Na sagrada fé, renegada
Matou fome da pobreza
Foi a cura do mal
Nos salões da realeza
O prato principal
Parmentier
Brilhou em Versalhes
De rainhas e reis
Navegou outros mares
Tesouro à moda francesa
Chegou no Brasil real
A doçura do índio, antes de Cabral
Mãos plantaram um lindo matiz
As mãos que erguem meu pais
Da simplicidade, do cheiro de mato
Na ponta da enxada o nosso retrato
Lá vem meu celeiro
Semeia Bangu pro mundo inteiro
Vamos plantar a paz
Chegou minha raiz
O caldeirão vermelho
Cresceu e não se desfaz
Alimenta esse povo