Eu vejo espíritos que voam
Em sarinkaveni eu vejo
Eu vejo fogo, destruição
Eu vejo fogo, desolação
Eu vejo fogo, desolação
Eu vejo fogo. Eu vejo fogo
Viajei
Eclipse do mundo, labirinto soturno
Devaneio derradeiro do sonho profundo
Em dimensões cataclísmicas
Andei
Em terras sucumbidas, ruínas, ilusões
Miragens e assombrações, miragens e assombrações
No abismo do centro da terra
Morada das feras
No transe de kamaramphi enfrentei
Ceifadores, ceifadores
Animais do além sobrenaturais
Hordas, legiões de aprisionados
Temporais de seres mutilados
Que tomam forma de bichos
Guardiões de pesadelos
Onças de fogo vagueiam na escuridão
Aves em chamas, exorcismo na libertação
Expulsei entidades kamari de sarinkaveni
Na transcendência o etéreo se faz animal
A lua soturna devora as almas kamikari
Eu vejo fogo, eu vejo fogo
Eu vejo
Eu vejo espíritos que voam
Em sarinkaveni eu vejo
Sarinkaveni é tormenta
Inferno ashaninka