Ao som do aray , a canção visão , o culto sobrenatural
Aos grandes mai , canibais , deuses celestiais
Fantasmagórico canto , cauim aos espíritos , oferendas para o ritual
Araweté
Os deuses desceram em busca das almas prometidas na canção visão
Mai decã , marakã , mai decã
Ywikatihã , gigante das águas , na busca faminta , o instinto do ataque letal
O grande xamã , o senhor aray
Olha nos olhos da fera e enfrenta a garganta voraz
Eu sou kãñipaye-ro , o grande pajé , não temo a morte
O sangue que corre em minhas veias é araweté
Ousas me desafiar , sou o deus canibal
Eu sou sua morte , eu quero sua alma
Tenho fome , sou imortal
Vou devorá-lo !
No banquete tribalesco , canibalesco
No teu desespero
Teu sangue , tua carne desejo
Eu vou devorá-lo
No rito canibalismo
Teu desatino é meu destino
Sou devorador