Gente que veio de longe
Na bagagem o horizonte
É judeu, é cearense, do além mar
Gente que veio de longe
Do oriente, na aventura a semente
A mata é brava, muito índio, pouco afro
Tem fumaça e benzição
Muita festa, muita arte e comunhão
Chega navio com cerimonia, chega
Chega a vila cidadela, chega
E o regatão vem a vela
Vem pra acabar com a lentidão
Disque o boto matreiro escapa da malhadeira
É mana - e o boto faceiro
só cai na rede companheira
Tupinambarana dos parintintins
Tem muita gente nela
Tem muita gente bela
Tupinambarana dos parintintins
Multidão que abre os braços
Crenças que entrelaçam o chão
Do velho cristo da praça
Gente que não acaba mais
Gente que não acaba jamais