Um jarro de águas (derrame sobre mim)
Um poço de águas (sedento como a vi)
Um lago de águas (oculto pelo Sol)
Um mundo de águas
Na contradança é chuva ô, ô, ô
Na pajelança é chuva ô, ô, ô
Ó curumim! (ô-ô-ô) Ó cunhantã! (ô-ô-ô)
Os dias de tempeste serão difíceis
Aí está: A arca o tronco
Aí está: O virar da profecia (aê, aê, aê, aê)
Nuvem sombria, Nambué revelou pôr fim
Todos de pé
A canícula de agosto findada
A vingança de Beüd anunciada
Contra essa gente decaída o alerta do pajé
Sem cantos ou danças, sem cura
Os povos varridos pro seu mergulho final
Apocalíptico, (efêmero)
Apocalíptico, (efêmero)
Borboletas negras (dardejantes de horror)
O sufoco, a agonia, o terror
Um terço de águas (ô, uô, ô-ô)
O grito das águas (ô, uô, ô-ô)
Ouve o verso das águas nas águas
O último poço das almas
Um terço de águas (ô, uô, ô-ô)
O grito das águas (ô, uô, ô-ô)
Borboletas negras (dardejantes de horror)
O sufoco, a agonia, o terror
Entrem filhos meus aqui se escondem
No oco o tesouro boia ao longe
Um dia a mais e o Sol voltará a triunfar!
A triunfar, a triunfar!
Na contradança é chuva ô, ô, ô
Na pajelança é chuva ô, ô, ô
Na contradança vem que é chuva ô, ô, ô
Na pajelança é chuva ô, ô, ô
Na contradança é chuva ô, ô, ô
Na pajelança é chuva ô, ô, ô
Na contradança vem que é chuva ô, ô, ô
Na pajelança é chuva ô, ô, ô - ô, ô, ô
Kaleá!