Sou um caboclo romanceiro
Trago um bocado de poesias nas mãos
E um punhado de prosa de caboclo
Rebojo no clarão da lua
Vejo as estrelas pela fresta do telhado
Aguaceiro fazendo banzeiro
Meu recado pra cabocla
Apaixonado, sou encantado
Sou eu, sou eu, sou eu
O boto sou eu
O rio continua calmo sem pressa de molhar
Sinto a brisa que me toca o rosto
Espero por ti nesse sonho meu
Nas praias de sol
Como se fosse agosto
Nada quebra o remanso da noite
Nem o linho branco da roupa, o chapéu
Adenso as águas num assobio primeiro
Deixando você com um beijo meu
Sou eu, sou eu, sou eu
O boto sou eu