Da corte vem!
De todos o mais cruel
Sanguinário, espada, corcel
Em busca do mais procurado
Rebelde cabano, indomável
Lendário! Lendário! Lendário!
Lendário! Lendário! Lendário!
Tocaias, carabinas, emboscadas
Armadilhas, ciladas escapavas
Tiros no teu corpo não pegava
Sumia na neblina da floresta
“Chacinada” que o luso temia
Na floresta
“Chacinada” que o luso temia
Desaparece e aparece
Corpo fechado
Os guias ao teu lado
Na antiga magia, feitiçaria
Chico engerado!
Voa! No breu da noite
Chico é pássaro negro
Na espreita! Cachorro do mato
É bote é onça preta
Rasteja! Sucuri, jacaré
Rebojo sombrio, Chico sumiu!
Correu nas sombras, pulou no rio!
Pulou no rio! Pulou no rio!
É fogo! É luta!
Contra a milícia legalista
É fogo! É luta!
Patuás e carabinas
É fogo! É luta!
Contra a milícia legalista
É fogo! É luta!
Patuás e carabinas
Dono dos caminhos
Caçador que vem das matas
Cavaleiro das armas
Protegido em todas as batalhas
Amazônia das encantarias
Herança de um povo guerreiro
Avança a visagem dos contos
A resistência!
“Capturem-no!”
É mito, é metamorfo
É lenda, é espírito
Animal encantado
Chico engerado em bicho
É mito, é metamorfo
É lenda, é espírito
Animal encantado
Chico engerado em bicho
Engeramento, engeramento em bicho
É fera, criatura é homem animalítico
Engeramento, engeramento em bicho
É fera, criatura que vaga na neblina da floresta