No troar dos tambores na ocara
no ressoar das trombetas e flautas
taquaras na casa da segregação
os guerreiros reunidos na taba
enfeitam o terreiro com totens sagrados
que vai começar a celebração
Cântigos ao luar
Tragam a jovem para festejar
com o corpo adornado na dança
sobrenatural das máscaras xamânicas
a iniciada no transe de kayssuná
dança pra invocar
Espíritos errantes do além
dos mundos proibídos de ipi
no êxtase paranormal
mascarados se ingeram em bicho
possuídos pela loucura
virão dos mundos ocultos do além
transmutados , metamorfoseados
criaturas da escuridão adentram a aldeia
mariposas enigmáticas voam
bestas ferozes à espreita do bote
marcham nos sonhos primatas da noite
rastejam serpentes das dimensões Abissais
no rito dos fios de cabelo arrancados
a moça se torna cunhã
afugenta o mal e a tribo ticuna
na aldeia celebra o grande ritual
Ticuna arê pajé ticuna
Ticuna arê pajé ticuna