Pedro Bento e Zé da Estrada
Eu tenho na minha sala, na parede pendurada
Uma viola de pinho, com as cordas enferrujadas
Olhando nessa viola, quanta saudade me traz,
A viola pertenceu, ao meu querido pai.
Com essa viola velha, o velho pai trabalhava
Era sua ferramenta, do tempo que ele cantava
Foi grande sua proeza, me deu um diploma na mão,
Por isso, meu velho amigo, a viola é meu coração.
Cada tinido da viola, era um pão que ele trazia
As modas que ele cantava, me enchia de alegria
Ai cantando conseguiu, me fazer um homem honrado,
Meu emblema de doutor, está na viola gravado.
Lá na minha faculdade, me chamam de caipirão
Por ser filho de violeiro, não fico zangado não
Sou caipira e tenho orgulho, ser caipira o que é que tem?
Sou doutor em medicina, e sou violeiro também.
A viola representa, meu futuro, minha vida
P'ra mim ela é de ouro, e nunca será esquecida
Os meus filhos vão saber, o valor que ela tem,
Talvez um dia eles queiram, ser violeiro também.