Meu amor, não quero mais os seus agrados
Venho dar-lhe para sempre meu adeus
Não suporto mais a vida ao seu lado
Ser boêmio sempre foi o sonho meu
Eu não posso prosseguir mais nesta vida
Não suporto o silêncio de um lar
Um recanto sem violão e sem bebida
É um inferno que não posso suportar
Vou trocar o seu amor pela orgia
Meu destino eu não posso transformar
Sou escravo da sublime melodia
Sou amante das estrelas e o luar
Sempre foi tão carinhosa e sincera
Mas a boemia me faz te esquecer
Eu tenho tantas que estão a minha espera
Eu não posso viver só para você
Em minha ausência a seresta vive triste
Até a lua me suplica a voltar
Nas madrugadas serenatas não existem
Meus companheiros já não querem mais cantar
Todos pedem que eu volte novamente
Levar de novo a alegria que morreu
Pra dar mais vida e prazer àquela gente
Só mesmo sendo um boêmio como eu