MINHA VIDA, MINHA MODA.
Sentado no meu banquinho, acendo um cigarro e pito.
Passo a mão nos meus cabelos, e olho pro infinito.
Meu pensamento vagueia, no tempo que eu fui solteiro.
Viajava pro mundo inteiro, garboso e muito bonito.
Às vezes me vejo em sonho, cantando muito feliz.
Vejo a platéia aplaudindo, gritando e pedindo bis.
Acordo e fico pensando, que já fui muito famoso.
Fui violeiro caprichoso, que muito sucesso fiz.
Eu olho pro meus netinho, e sinto o peso da idade.
Quantas meninas bonitas, eu fiz chorar de saudade.
Cantando com minha viola, a mais bonita canção.
Choro de recordação, meu tempo de mocidade.
Minha fiel companheira me vê tristonho a chorar.
Ela tenta com carinho, querendo me consolar.
Ela sabe que já fui, famoso e bom violeiro.
Já se faz tanto janeiro, é à volta que o mundo da.
Eu olho no espelho e vejo, um rosto velho cançado.
Fecho os olhos com tristeza, recordando o meu passado.
A velhice é o fim da vida, mas tive tanta vitória.
Deixo meu nome na historia, e muito disco gravados.