De que adianta viver nesse mundo
Se a felicidade não gosta de mim
Não tenho amigo, não tenho ninguém
Este meu viver é um dilema sem fim.
Esposa e filhos também me deixaram
Fizeram comigo essa ingratidão
O destino ingrato foi deus que me deu
Preciso cumprir esta cruel missão.
No palco da vida vou desempenhando
Esta drama triste que tenho vivido
As vezes lamento nas horas amargas
Esta grande magoa que trago comigo
Quando cai o manto da noite em meu quarto
O meu pensamento vai vagando em vão
Eu vejo no espelho meu rosto molhado
Eu choro em silencio minha solidão.
Assim é o mundo, eu tenho pensado
Neste meu vazio e cruel desengano
Ninguém traz consigo um certo caminho
Todos são incertos por onde passamos.
São grandes os mistérios desta nossa vida
E vai caminhando sobre os vendavais
Seja rico ou pobre, alegre ou triste
A morte apaga em cenas reais.