Arvore triste solitária ao pé da estrada
À espera só de um vento forte pra cair
Assim é um velho ao fim de sua vida
Sem ter mais força para a vida resistir
Foi moço um dia também amou e foi amado
Viveu a glória de cantar e ser feliz
Abriu caminhos onde agora nós passamos
Para dar frutos se fez tronco e foi raiz
Foram seus filhos mais os netos pelo mundo
E pouco a pouco assim sozinho ele ficou
Hoje esquecido aguarda o fim que não demora
Para voltar ao velho chão que tanto amou
Foram parentes, bons amigos, toda fibra
Ficou apenas um tristonho coração
Dura verdade ele teve que prender
E que a velhice tem por nome solidão
Nunca pergunte a um pobre velho o que lhe espera
Porque a resposta na sua alma vai doer
Se você é moço e pensa que esse mundo é seu
Vai chegar logo sua vez de envelhecer
Ampare o velho não lhe negue seu carinho
Com muito amor de sua vida adoce o fim
Faça por ele o que deseja que lhe façam
Quando você também ficar um velho assim