Sei que sou um vagabundo
Dos amigos desprezado
Eu já fui feliz na vida
Também tive um lar honrado
Hoje quem me vê bebendo
Sempre na rua caído
Me condenam sem saber
O quanto sofre um homem traído
E quando a noite vai se apagando
Sempre estou dormindo sobre uma calçada
Então só desperto com a algazarra
Dos companheiros das madrugada
São os boêmios que vem de regresso
Das suas noitadas pelos cabarés
Trazendo de braços as novas conquistas
Entre elas vejo a minha mulher
Em seu lindo rosto sob a maquiagem
Eu percebo a mágoa da desilusão
O seu novo amor com que me traiu
Também já lhe fez uma cruel traição
Hoje desprezada está vivendo ao léu
Vende seu amor para matar a fome
Mas já muito tarde compreendeu seu erro
E o quanto sofre uma mulher sem nome
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)