E assim como o rio que corre pro mar
A vida da gente não pode parar.
Navega a criança nos mares do mundo
E tua jangada não deve ir ao fundo
O mar desta vida tem muitos escólios
Tem fé em teus braços confie em teus olhos.
E como é distante este mar onde vai
Leva mais um remo que nunca é demais
Por causa da fome leva tua rede
E leva a quartinha prá matar a sede.
Prá que tu não temas o assombro das grotas
Arranja amizade com as gaivotas
E elas seguindo teu barco de perto
Não deixem que afastem para rumo incerto.
E que a tempestade não mate a esperança
Que tu deves ter de que tenha bonança
Depois da tormenta é que vem uma aragem
Que te levará ao final da viagem.
Até que um dia no mar tarde amena
Teu barco encostando em praia serena
Verás que é um velho quem era um menino
Per dirás contigo cumpriu seu destino.