Ai, quem me dera se eu voltasse a minha terra
Rever lá no pé da serra o recanto onde nasci
Quero rever o riacho cristalino
Que brinquei quando menino, chorei tanto ao partir.
Como é bonito ver o sol no horizonte
De longe ouvir a fonte com suas água rolar
E no pomar ouvir os passarinhos
Despertando nos seus ninhos começava a cantar.
E lá bem longe as campinas verdejantes
Não me esqueço um só instante a porteira da estrada
Pois foi ali que encontrei o meu amor
E lhe dei aquela flor, a minha prenda adorada.
Agora sinto no meu peito de caboclo
Que a saudade pouco a pouco fere meu coração
Ainda tenho quase que uma certeza
De rever estas belezas e morrer no meu sertão.