Esse teu corpo
Teus olhos são minha visão
A tua boca a tentação
Que eleva meu querer
Teu corpo é o paraíso
O alimento de que preciso
P’ra poder sobreviver
Teu cheiro me contagia
És uma droga que vicia
Com poder da sedução
Convertendo-se num repente
De uma mulher carente
Na Deusa da tentação
Tua pele delicada
Se electriza ao ser tocada
Irradiando inocência
Eternizando o prazer
Deixando transparecer
Com pitadas de ardência
Para o meu deleite de homem
Os meus lábios te consomem
Como a mais rara comida
Que tem sabor diferente
Tão exótico e ardente
Desejando ser sorvida
Nos pomares de teus seios
Eu navego em devaneios
Sorvendo-os sem censuras
No momento que te entregas
Esqueces tabus ou regras
São como frutas maduras
A tua gruta é o paraíso
Me turvando o juízo
De grandes lábios rosados
Se abrem feito uma flor
Para acolher o amor
Por pêlos ornamentados
Limites não existindo
Se de prazer nos exaurindo
Ditosos orgasmos gozamos
Uma coisa abençoada
Divinamente moldada
Que nos anula se nos amamos
E na maior safadeza
Entra na tua a minha em beleza
Será previsível a alucinação
No auge do desejo
Safados sem qualquer pejo
Só paramos ao explodir do vulcão
E depois um e outro abraçados
No sono aconchegados
Sonhamos com o Éden
Sorridentes, “Eva” e “Adão”
São meiguice e comunhão
Do amor que assim concedem
João Morgado