Será amnésia?
Hoje queria te escrever algo de delicado
Mas nem sei a razão, de nada me acorrer.
Como arrancar desta mente de alienado
Alguma ideia que luzindo me faça entender.
Comigo me revolto mesmo sem querer
Parece que tenho minha mente vazia.
Nem sei como começar o que tenho a dizer
Mora em mim uma ideia, que tanto queria.
Mas para assim me compreenderes
Quero que saibas de que serei capaz.
Com palavras minhas para entenderes
E eu tenha enfim um pouco de paz.
Mas hoje. Que se passa? Não consigo contar!
Não me aflora nenhuma palavra bonita.
Contudo mesmo assim terei que tentar
Palavra, que eu bem o tento, acredita.
Ainda assim com o meu modesto vocábulo
Vou fazer um esforço e ir mais além.
Para te dizer que o lápis com que lavro
Será sempre a minha arma do bem.
Pois rabisco o que escrevo, para te dar
Uma noticia repleta de sentido da verdade.
Não sei bem porque teimo em te contar
Mas sei que tenho essa necessidade
Talvez porque sinta que nisto perco o pio
Ou não conseguindo mais abafar, o proclamo!
Já chega de tanto rodeio e desvio
Não posso demorar mais a te dizer: TE AMO!
João Morgado