Please
(João Morgado)
Nada nisto faz sentido
Ou nem sei aquilo que escrevo
Haverá razão para estar ressentido?
O melhor é ficar calado, será que devo?
Para dizer coisas incoerentes
O melhor é não dizer nada!
Foges-me? Onde vais? Será que mentes?
Tenho as ideias em debandada
Mas então que mais farei?
Se não falo, enlouqueço
Por mais quanto tempo aguentarei?
Se não te escuto, entristeço
Se me oprimo e não exprimo
É certo o meu desvairar!
Isto ferve no meu íntimo
Talvez se dissolva se esperar?
Ficar caladinho e sossegado
A pávido e sereno completamente,
Confiar no ser amado?
Talvez tudo faça sentido de repente!
Vou dar tempo á razão
Contado com a sua sinceridade
Esta distância, será só ela a questão?
Não acredito, não! Será da sua leviandade?
Vá lá, toma consciência da escassez
Da falta que faz um sorriso
Não me deixes nesta estupidez
Pensa em ti e verás o quanto te preciso.
Estas palavras assim não são chantagem
É apenas o sentir que me aperro-a e deixa mal
Será que não vês, como os namorados agem?
Preciso de ti, em tempo integral.
Já devias ter percebido o quanto te adoro
Acredito que nem precisas que tu frise
Mas se for necessário repeti-lo, nem demoro
Adoro-te! Amo-te! Vira-te p?ra mim, ?please?