Tuas mãos brincando impacientes
Com meu corpo deitado sobre as canas
Poder-me-ei magoar, usar palavras indecentes
Mas, esse odor que emanas
Parece um canteiro de jasmim
Suspiro. nesse instante já não sou nada
Parece que o sol brota de dentro de mim
Línguas, bocas. carne arrebatada!
E a vida brota numa sementeira
Dos poucos instantes da fogueira
Passeando pelo teu ventre
Sensuais momentos revelam-se coesos
À vida, que já se lacera em versos acesos
E espera que a alvorada se esventre!
Santiago morgado