Corre neste sangue como cavalo na savana,
a insónia que Lord Byron me pagou.
Caiu da cantareira a imagem porcelana
P'los abalos dum galope que voou.
Gostoso era poder recomeçar na seiva desejosa.
onde grita o corpo denso de brama.
Enrolar o gozo nesta agitação perigosa?
ter o seu sorriso deitado em minha cama?
Eu quero o seu desejo espalhado pelo chão,
desta planície rubra que estilhaça o peito
e cobre de brasido este inquieto leito.
Que depois de ter matado toda a sede.
De ter batido toda a coutada em minha rede,
ouça o estalar das folhas vivas desta canção.