Sob os luzeiros do céu
Refletidos no mar
Bravas gentes em batel
Bravas gentes em batel
À terra vêm aportar
Nessa vida
Eterna lida
Para a raça litorânea
O mar está na própria alma
Que pelo contato da infância
Afronta-o com majestosa calma
Cururupu do Maranhão
É gleba do litoral do norte
E rebrilha na amplidão
Como lume natural bem forte
Sob os luzeiros do céu
Refletidos no mar
Bravas gentes em batel
Bravas gentes em batel
À terra vêm aportar
Ao raio de luz
Tudo reluz
Mas, seu praial é similar
Do fulgor do nosso céu cristalino
Que rebrilhando à beira mar
Ao som da vaga, merece um hino
Fertilidades há no torrão
Que nunca sofrerão desgastes
São pendores do coração
Amor, fé, cultura e artes
Sob os luzeiros do céu
Refletidos no mar
Bravas gentes em batel
Bravas gentes em batel
À terra vêm aportar
Pela messe
Sempre uma prece
Da nossa região centro-rural
Nos crepúsculos vespertinos
Emite-se oração campal
Em prol do nosso destino
Terra berço do gentil guerreiro
Onde o português encontrou arrimo
Gerando com o negro obreiro
O povo dessas plagas genuíno
Sob os luzeiros do céu
Refletidos no mar
Bravas gentes em batel
Bravas gentes em batel
À terra vêm aportar
Obra divinal
Gera imortal
Do verso artesão habilíssimo
Ao nascer o nosso mar o embalada
Laureando este país fertilíssimo
Com os sonetos que editara
Deste torrão gerações se levantam
Sempre a irradiar pensamento novo
E a cantar, pescam e plantam
Sendo em terra e mar um grande povo
Sob os luzeiros do céu
Refletidos no mar
Bravas gentes em batel
Bravas gentes em batel
À terra vêm aportar