Meus olhos brincam pelas ruas da cidade
E a minha alma relembra com saudade
Muitos momentos tristes e também momentos alegres
E, que de ti fizeram, para mim, a mais bela das cidades.
Recordo Tupi, tu que um dia.
Foste praça, foste graça, Gracianópolis.
Amor à primeira vista de homens valorosos que te descobriram,
Fazendo, assim, de ti, recanto de esperança, eternamente paz.
Tento decifrar o encanto,
O eterno mistério que tu tens.
Porém, o coração apaixonado.
Cede e murmura: Tupi és meu amor!
Então, teus filhos resolveram enfeitar-te,
Quando ainda eras imensa tela em branco.
Homens corajosos, com pincéis, brincaram de artista,
Assim com Deus fez, construindo um dia o paraíso.
Pintaram, então, uma casinha.
Que trazia dentro dela alma e coração.
Adornaram-na com flores, com árvores e construíram um jardim.
Nos campos, homens suados, com verde coloriram uma nova plantação.
Mulheres fortes confiaram nestes homens
E aceitaram o grande desafio:
Tirar água do poço, cozinhar em um fogão à lenha.
Mas, à noite, colocavam seus enfeites de mulher bonita.
Saíam com fita nos cabelos,
Revelando formosura em seu caminhar.
As ruas, salpicadas por seus belos sapatos de salto quinze.
E, se não havia luz, havia lampião e havia festa.
E o que era sonho tornou-se realidade.
A grande tela, pintada ficou.
Teus filhos antigos foram verdadeiros "Picassos",
Mesclaram de azul e branco e ficaste, assim, iluminada.
E luzes, então, se acenderam,
Novo brilho ofuscando vela e lampião.
Teus novos filhos caminham, pincelando a paisagem com sua aquarela,
Desenham, projetam sonhos, tornando-te mais bela oh! querida Tupi.