Ao aboio dos vaqueiros bravios,
Pau dos Ferros, nasceste no mundo,
E teus filhos repletos de brios
Te devotam respeito profundo.
I
Onde hoje a Cidade está assente,
Essa Árvore gigante e frondosa
Foi-te o marco da urbe nascente,
Doce terra louçã, dadivosa.
II
O teu rio de águas apresadas,
Que se fazem riqueza e condão,
Levam vida às culturas postadas,
Num brotar de celeiro-explosão.
III
Se te fere da seca a tortura,
Um clamor se levanta em teu povo
Que, no entanto, em face da agrura
Se refaz com denodo de novo.
IV
O jatobá, imponente, altaneiro,
E dos seus pés se alonga a campina,
Viu além da cidade primeiro,
Teu nascer, dormitar de menina.
V
Os teus filhos presentes, distantes
Dizem vinde e cantemos, jograis,
Teu louvor em acordes sonantes
Com esperança de amor e de paz.