Ecoou ao longe o apito do trem
Que parecia deslizar sobre os seus trilhos
Com a emoção de quem espera na estação
Restinga Sêca abriu os braços pra os seus filhos
Veio o luso fecundar as sesmarias,
Com o negro, o italiano e o alemão
Lágrima e suor e o sangues miscigenados
Forjaram a seiva restinguense neste chão
Restinga Sêca és o berço do progresso.
Onde a pecuária é parceira das lavouras
o colorido das pelagens se confunde
com um sorriso angelical de espigas louras
O seu passado é um cenário de glórias
De ilustres filhos que venceram os desafios.
Pra nos legarem esta paz e esta beleza
Da sua paisagem debruçada entre dois rios
Pela manhã vibram sinos e trinados
Num chamamento ao trabalho e à vigília
E à tardinha o apito das indústrias
É um convite ao aconchego das famílias.