Caeté... Caeté... Caeté... Maravilha da minha terra
Caeté... Caeté... Caeté... Obra suprema do Divino Mestre
Caeté... Caeté... Caeté... Jóia rara encrustada na serra
Caeté... Caeté... És enfim o paraíso terrestre
Sob o símbolo do desbravamento, com altivez
Que este povo cobre de glória
Nas lutas do solo de Leonardo Nardez
Começa Caeté a tua história
De uma estrada no planalto mineiro
De Taques e Frei Damião herderam a fé
De Viana e Arzão o vigor brasileiro
Eis a Vila Nova da Rainha do Caeté
Glória e revezes, vieram-lhe: contudo
Bem maior foi a vitória espiritual
Deram ao rei os frutos, num escudo
sangrenta emboabas de lutas e ideal
Nas plumas vermelhas, no arco ancestral
Lembramos o passado de glórias gentil
Chafarizes centenários, pelourinho invulgar
Igrejas seculares de encantos mil
Avante, Caeté-avante
Eis o grito varonil
Avante, Caeté-avante
Primeir brado de liberdade no Brasil
Oh! mata virgem, cabocla morena
No céu azul as estrelas formam a cruz
Que a Serra da Piedade aponta serena
Envovendo a Virgem Santa num facho de luz
Nas tardes saudosas; a cavalhada ligeira
Ao turista amigo, o nosso bem querer
A natureza embriagante, a morena faceira
Que ninguém jamais poderá esquecer
No minério, comércio, industrias e escolas
Confia o futuro brilhante
Na meiga criança que será história
No vigor jovem o porvir triunfante
Entrelaçamento de raças gigantes
De gente audaz, valente, destemida
De fortes nativos, heroicos, bandeirantes
São todos teus filhos, Oh' terra querida
Avante, Caeté-avante
Eis o grito varonil
Avante, Caeté-avante
Primeir brado de liberdade no Brasil