Lavras do amor dos teus filhos
Vives de bençãos coberta,
E esse teu sol de áureos brilhos
Para a glória nos alerta.
Teu passado de lutas e penas
É penhor de inconteste grandeza
Afagamos-te no íntimo, acenas
Para o eterno, em mil sonhos acesa.
De ti sempre queremos ser dignos
Para em festa cantar-te louvores
Não te abalem jamais os malignos
Turbilhões de maus tempos e horrores.
Se teu Rio Salgado nos banha
És a fonte que sempre sacia
Teu encanto tem a força tamanha
Que nos dá, para alçar-te energia.
Impedir o teu nobre destino
Força vil e cruel nunca possa
Do Ceará sê clarão matutino
E que nunca esqueçamos que és nossa.
Cornucópia dourada de seres,
Os teus dons nos formaram o ser
Com ardor, com que o peito nos feres
Prometemos florir teu viver.
Molítico grito propagas
Pela boca do teu boqueirão
É o Amor o que pregam as fragas
O que pregam a toda nação.