Minha querida Icatu!
Rainha do soberbo Munim,
Dos teus antepassados,
A história diz assim:
No século dezessete,
Quando a esquadra aqui chegou,
Houve uma grande luta,
E areia de sangue molhou.
Terra de sol ardente,
Com rochedo e manguezais,
Murmurando a correnteza,
Tuas crôas e currais,
Guerreiro amigos, tocai toré,
Elevemos sempre a Deus
Nosso amor, nossa fé.
Oh! Meu rimcão tão feliz,
Que mora sempre em meu coração,
Icatu abençoada,
Pela virgem conceição,
Teus campos verdejantes,
Tuas águas cristalinas,
Esta terra já foi palco
De batalhas e grandes chacinas.
Terra de sol ardente,
Com rochedos e manguezais.
Murmurando a correnteza,
Tuas crôas e currais.
Guerreiros amigos, tocai toré,
Elevemos sempre a Deus
Nosso amor, nossa fé.
Vejo este lago sem fim,
Contemplo tua grande beleza,
Um quadro tão singelo
Pela própria natureza.
Singrando os verdes mares,
Surge o bravo pescador,
Cultivando o solo fértil
O incansável e bom lavrador.
Terra de sol ardente
Com rochedo e manguezais,
murmurando as correntezas
tuas croas e currais.
Guerreiros amigos, tocai toré,
Elevemos sempre a Deus
Nosso amor, nossa fé.