Qual verde pluma dos sutis palmares,
Volvendo as colinas ventanias calmas,
É Camapuã entre serras e vales,
Filha da beleza e a mãe das almas,
Acalenta ao seio o solitário andante,
Recebe outros filhos com dom fraternal;
Com cânticos alegres nas manhãs brumosas,
Nas noites de névoas as relvas plumosas,
É Camapuã, estandarte sem rival.
Sereia encantada de amor infinito,
Princesa do Vale, Princesa do amor,
Ao soprar das brisas de auras fogosas
Sibilando aos ares na paz do Senhor...
Saudoso João da Mota e outros gigantes
Intrépidos heróis que creram e venceram
Ernesto Sólon Borges e Faustino Rosa
Políticos astutos que aqui cresceram
Terra centenária de séculos de glória
Rota das Monções ao Oeste imponente
Eterno "Varadouro de Camapuã"
Espalhou fagulhas e raízes cristãs
Ecos de bravura como em ouro reluzente.
Refrão
Passado eterno revestido em flores,
Círios vestais de alegria e pureza...
É Camapuã desdobrando em colinas,
A brisa oscilante mostra a realeza.
Na magia dos píncaros das serras altosas,
Passado dourado de plumas brilhantes;
Superfície verde de relvas intensas,
Pedaço de terra desta Pátria imensa,
É Camapuã com seus filhos pujantes.
Refrão
Cantando a pureza da terra gentil
Raios de glórias deslizando aos vales...
Na dança das pétalas das flores sutis,
Dançando alegre n'amplidão dos ares;
Nos penhascos ínvios e cerros celestes,
O verde dos leques das "palmeiras mil";
É Camapuã cidade abençoada,
Porque nossa terra despertou de um nada,
Hoje é celebrada em todo o Brasil.
Refrão