I
Da Cruz simbólica de Cristo
Da mesma forma que o Brasil nasceu
A Capela também floriu, cresceu
Num misto de amor e singeleza
Assim no pedestal da cristandade
Edificante exemplo que seduz
Uma formosa e lírica cidade
Surgiu serena de uma simples cruz
II
Hoje esta terra próspera e dileta
Onde tudo aos fala o coração
É no dizer sincero do poeta
A Verona de Sergipe e do sertão
III
É a flor tropical dos tabuleiros
Entreaberta ao calor do sol dourado
Perfumada e feliz como se fosse
A noiva angelical do nosso Estado
IV
Aos filhos dá prodigamente
No amanho do solo a rica mesa
É o capelense muitas vezes sente
Seu orgulho nascer dessa grandeza
V
Seu estandarte é o campo dadivoso
Sua divisa é o arado benfeitor
Tem como escudo forte e portentoso
A couraça invencível do labor
VI
Um século de glória e de luz
Um século de amor e liberdade
Salve filha legítima da cruz
Salve Capela, ó lírica cidade.