Princesa centenária da Baixada
Gentil rainha do meu coração
Os braços de palmeiras, coroada
Sorris de formosura ao Maranhão
Vive, Pinheiro, ainda
Nos séculos, rainha
Rica, gloriosa e linda
Em teu verde esplendor
Triunfa, sempre altiva
No pelejar da vida
E na tua gente viva
Nobre e fecundo amor
Ao longe escorrem lentas, caudalosas
As águas verdes do Pericumã
Levando em si riquezas portentosas
Penhor de vida, de tua gente sã
Vive, Pinheiro, ainda
Nos séculos, rainha
Rica, gloriosa e linda
Em teu verde esplendor
Triunfa, sempre altiva
No pelejar da vida
E na tua gente viva
Nobre e fecundo amor
Pontilham o campo verde, ilimitado
Lotes de rezes que pastando vão
E quando o campo brilha, já alagado
Deslizam barcos na ampla solidão
Vive, Pinheiro, ainda
Nos séculos, rainha
Rica, gloriosa e linda
Em teu verde esplendor
Triunfa, sempre altiva
No pelejar da vida
E na tua gente viva
Nobre e fecundo amor
Murmura aos ventos mansos da chapada
A cabeleireira do babaçual
E em vivo ritmo, a gente atarefada
Os cocos quebra e canta o palmeiral
Nos séculos, rainha
Rica, gloriosa e linda
Em teu verde esplendor
Triunfa, sempre altiva
No pelejar da vida
E na tua gente viva
Nobre e fecundo amor
A torre da Matriz, em nota vária
Dos céus azuis, brilhando à clara luz
Relembra que és, Pinheiro, centenária
Esplêndido torrão de Santa Cruz
Nos séculos, rainha
Rica, gloriosa e linda
Em teu verde esplendor
Triunfa, sempre altiva
No pelejar da vida
E na tua gente viva
Nobre e fecundo amor
A fé em Cristo é teu quinhão sagrado
Tuas esperanças lá no céu de anil
Guarda teu coração imaculado
Grande na fé perene do Brasil
Vive, Pinheiro, ainda
Nos séculos, rainha
Rica, gloriosa e linda
Em teu verde esplendor
Triunfa, sempre altiva
No pelejar da vida
E na tua gente viva
Nobre e fecundo amor