Ao verde brilho infindo do virgem palmeiral
Desposa-se profundo o azul bravio do mar.
Ao flutuar das ondas, do vento o sibilar.
Oh! terra amada, ó Pátria,
Duas vezes secular
Vivo farol de glória,
Estremecido lar.
Zarpam teus barcos leves que destemidos vão
Levar teu nome às praias de todo Maranhão.
E de tua gente intrépida leva-se o canto ao mar.
Oh! terra amada, ó Pátria,
Duas vezes secular
Vivo farol de glória,
Estremecido lar.
O vate dos timbiras, voltando à terra irmã,
Beijou, morrendo, a pátria, nas águas de Cumã.
De Guimarães foi dádiva o abraço do Brasil.
Oh! terra amada, ó Pátria,
Duas vezes secular
Vivo farol de glória,
Estremecido lar.
Pelo Brasil, imenso, raios de claro sol
Brilharam já teus filhos, qual fúlgido arrebol
Sotero, Urbano Santos, fizeste deslumbrar.
Oh! terra amada, ó Pátria,
Duas vezes secular
Vivo farol de glória,
Estremecido lar.