Brilha minha vila
Que a passarela iluminada estremece
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
Tem monstros na imaginação
Os santos da sua devoção
No escuro não há como fugir
O espanto, o medo e o arrepio
Nos trilhos, nas curvas e freiadas
No trem fantasma, a vida por um fio
Tem almas de outro mundo, vagando por aí
No vagão lá no fundo, caveiras e zumbis
Nas matas e florestas, à escuridão
O Anhangá e o Curupira a proteção
Lua cheia, a maldição do lobisomem
O boitatá e o Saci, bem pertinho da aldeia
Vem a sereia, de beleza sem igual
Chegamos ao velho Rio-mar
E a gaiola encantada levando o pessoal
Entrando no castelo do vampiro
O terrível Conde comanda a sedução
Da tumba surge a mulher de branco
Querendo nossas almas, não tem salvação, mas hoje
Hoje o nosso carnaval
Mexe com nossa lembrança
Bicho-papão, Homem do Saco e o Lobo
Relembra o nosso tempo de criança
Bate forte o coração
Nosso Rei Momo vem aí, vem aí
Vou vestir a fantasia
A alegria do povão explode na Sapucaí