Me dê licença pra cantar o mais doce encanto
Onde princesas seguem vivas entre nós
Cruzando mares e os portais da encantaria
O avesso de outro tempo leva a praia dos lençóis
Chama Verê pra benzer! Olerê
A Mata vai rebatizar! Juremê, Jurema
Tóias turcas maresias
Completando a travessia chegam para nos guiar
Chama, Verê pra benzer! Olerê
A Mata vai rebatizar! Juremê, Jurema
Joias de beleza rara na margem marajoara
Assistem à vida se moldar
E num encontro com magias Parawaras
Tornam-se arara, cobra e onça em seu Axé
Ajuremadas onde a fé se faz Senhora
Viram força que incorpora
Nas águas de Nazaré!
Mina-jejê, Mina-nagô
Sua voz que vem do fundo vai bater na cicatriz
A mão no couro e o pé descalço sobre a terra
Trazem cura, vencem guerra em mistura de raiz
Banzeriô, banzeriô
Protegida em quatro contas, Caxias chegou!
Banzeriô, banzeriô!
Frente ao espelho desse encante a Marquês carimbolou!
Embarca nesse balanço!
Embarca nesse balançar!
Grande Rio é minha rua em pororoca no Rio-Mar!
Grande Rio é minha e tua em pororoca!