Pelos trilhos do destino viajei
Cheguei no antigo engenho e sonhei
Na bagagem o orgulho da cultura ancestral
Fez o alicerce do meu feito imortal
Vem tabajara que hoje tem festança
No quintal de Dona Esther, doce lembrança
Balança, Sapucaí!
Portela revive sua história
Seu centenário de glória
A águia voou n’orum infindo
O samba ganhou, dominou o mundo e é tão lindo!
Obrigado, Natal, Caetano e Rufino
Lá vem Dodô girando a saia
Sete vitórias vou cantar
Na praça xi, alegoria
Vestiu o enredo num cortejo à fantasia
Violinos, noite tão bela
Cisne a bailar na passarela
Glorioso panteão!
Candeia saudade em nosso pavilhão
Ah, ouça o rufar das trovoadas
Macunaíma pelas matas
Lendas e mistérios, quanta emoção!
Existe, sim, um céu na terra
Onde o azul não se desfaz
E nem o branco se omite
Pra esse amor não há limite!
Sou Portela! É azul meu coração
Sagrado é nosso manto
Dá força ao negro canto
Mais uma estrela: É Monarco no infinito
Ser portelense é o legado mais bonito