A Mocidade chegou
Um carrossel de emoções
Repente, baião e xaxado
Ê povo arretado
Estrelas de meu chão
Ó pai
Daqui do alto eu vejo meu chão
De estrelas moldando a mão
Do dia a dia do agreste sertão
Foi quando o mestre soprou a vida
Lançando a semente do amor
Espalhando grãos de argila
Bela arte semeou
Nas terras do mandacaru
Fez brotar a linda flor
A mão que amassa a massa
Batiza e renova a fé
Toca sanfoneiro toca
Nas festas juninas o arrasta pé
É lindo ver o amanhecer
Em cada casa um atelier
Ipojuca traz à lida
Dessa gente criativa
Herança que faz renascer
Criando em barro a fantasia
Nesse cortejo em devoção
Nos traços do artista
Na força do sambista
A mais sublime inspiração