Bota lenha na fogueira e vem dançar
Firma o ponto nêga mirongueira
De pé descalço, ao som do couro do tambú
São Lucas, candongueiro, caxambu
De Angola distante
Raízes do Congo
A resistência do povo banto
Floresce nos cafezais
Herança dos ancestrais
Ao som do tambor
A sua voz ecoou
Levanta nêgo, o cativeiro acabou
Jongueiro, êh! Jongueiro
A senzala é nossa morada
Ritual de fé, chama sagrada
Óh! Preta velha da sabedoria
A sua luz é quem me guia
Nagô, Jeje, Ioruba
Quem quiser pode chegar
O jongo é tradição, meu sinhô
Da cultura popular
Aparecida, seu manto reflete devoção
Sob a Lua de Luanda
Alimenta alma e coração
E hoje, igualando o desigual
A comunidade jongueira
Levanta poeira no meu carnaval