Axé nenê
É bateria de bamba
A zona leste no samba ylê ayê
Vem olodum
Bater tambor ancestral
Faraó Bahia é o meu carnaval
Olorum
Abre o portal do tempo e lá vou eu
Um voo encantado sobrevoar
Ouço o silêncio se quebrar
O Sol e as estrelas enfeitam o céu
Seu chão beleza e devoção
Tanto aqui como em outro lugar
A nossa origem vem de lá
A voz que não se cala
Pelas ruas em canções
O negro é lindo é resistência
Livre de açoites e grilhões
Mãe baiana ayê. Firma o ponto
Somos todos iguais
O bloco descendo a ladeira
Levanta a poeira
Sinta o perfume no ar
Senhor Exu
Abra os caminhos dessa gente
Por becos e vielas segue a alma matildense
Hoje a intolerância deu lugar a felicidade
E no Pelô ajayô eu também sou filho de Gandhi
De pai oxalá ao senhor do Bonfim
Vem abençoar a festa não tem fim
Alberto Alves quem ensinou sambar assim