Akofá, arô, Logun Edé
Akofá, arô, Logun Edé
Toca agueré, firma o ijexá
Desce o morro do Borel pra Tijuca guerrear
Ifá mostra o caminho
É búzio sagrado, portal do destino
No ventre das águas claras, yê yê ô!
Da magia e sedução nasce o guerreiro
Filho de Erinlé, destemido caçador
De oxum toda beleza herdou
Ressoa dos ilús a força da fé
Xirê para o príncipe de Odé
Axoxô, Omolokum pra saudar no Ilexá
Epâ ojú, àwúré Orunmilá!
Exú lhe transformou
Ao lado de ogum guerreou
Na espada de Oyá, coragem pra vencer
Curou as feridas, com Obaluaiê
Ossain é a mata, Ewá ninguém vê
Encantado sob a luz do luar
Meu povo é rio que corre pro mar
Êh, Bahia que aportou o axé
Ylê kalé bokum, meu chão de candomblé
Eu sou cria, da favela, fundamento
Toda luta e resistência
Sou a voz de um novo tempo
Carrego as cores que reluz o pavilhão
Amarelo ouro, azul pavão
Mete a mão no couro, bate cabeça
É santo menino que velho respeita