Oh Mãe preta, seu feitiço traz axé
Abre os caminhos para um ritual de fé
Nessa magia a Mocidade vem saudar
Quem não pode com a Mandinga, não carrega o Patuá
Resplandece a África Malê
Cultura dos meus ancestrais
Vestígios da sabedoria, carrego mistérios, artefatos e corais
Sou Mandingueiro, basta a opressão
Tem relicário, bentinho e oração
É preciso recriar, sem deixar de crer
Rosário mãe de todo preto
Na raiz o seu poder
Pelas ruas e vielas, levo figa de Guiné
Fios de contas no meu peito, me respeita sou do axé
Nos balangandãs eu afasto todo mal
Minha crença, meu orgulho, essa joia divinal
Fitinhas, amarrações
Visto branco e filá
Na gira toca um samba macumbeiro
Baiana põe a saia pra rodar
Seus amuletos são a luz que conduz meu caminhar
Manto sagrado é meu pavilhão a tremular
Morada é religião, dos baluartes a proteção
Pra conquistar na terça-feira o brilho de mais uma estrela