Oxalá foi visitar xangô
E pede pro babalaô para consultar Orunmilá
No ierossum, odú marcado
Revelando não vá mais ele resolve que irá
Silêncio deve manter três mudas de aso Funfun levar
Mais ose dudu, sem negar ajuda na jornada
Leve também oferenda para o dono da estrada
Foi pra Oyó não levou ebó
Foi sujo de carvão, vinho e dendê
Sem nada fazer, na situação
Exú gargalhava de montão
Cansado o sono bate, passa por outra maldade
Perto do palácio do Alafin acordou
Um lindo cavalo avistou
Lembrou tê-lo ofertado para aquele senhor
Em fim foi confundido, de roubo foi acusado
Sete anos preso, mais se manteve calado
Então a ruína se espalhou pelo reinado
Maltratado tal qual um mendigo
Foi assim que xangô encontrou seu amigo
Enfim omi tutu ao Olúfon ele ordenou
Dessa forma recuperou seu vigor
Hoje as quartinhas são usadas pra guardar
Águas que banharam oxalá
Ele agora é um otá
Banhado de axé no egbá
Com belos adornos no ilê e ajeum no gongá
Alabês tocam tambor pra saravá
Dessa vez, Imperatriz irá mostrar
Um conto da mitologia iorubá