Eu soube que está me procurando
Por aí, perambulando
Doido para me abraçar, ô, iaiá
Não'alvorada de ogum
Onde Jorge senta praça
Você pode me encontrar
Se vai ao terreiro onde bato tambor
Já sabe as mandingas do meu caminhar
Pedindo valei-me ao velho atotô!
Que ilumine pra ibeijada passar!
Só quem acredita vê a patota de erê
Me contaram que você foi perguntar
Pros boêmios do meu Irajá
Se o pagode nasceu por ali
Foi no cacique, meu doce recinto
Onde mora o improviso
E os parceiros que fiz
Não teve tanta sorte ao arriscar
Para me achar entre bares e vielas
Na essência das favelas
Onde eu pudesse estar
Baldeou de condução em condução
Indagando o baleiro qual a minha estação
E agora chegou na velha baixada
Se envolveu com a batucada
Pude enfim te abraçar
Com poetas, partideiros e donzelas
E a minha velha guarda da portela
Para brincar o carnaval
A Grande Rio é meu quintal!
Dá mais uma cerva aí, deixa a vida me levar
Pode o dia amanhecer, pode o céu anuviar
Eu não consigo recusar a saideira
Com o povo de Caxias campeão na quarta-feira!